Confira o material disponibilizado pelo Undime e usado pelo municípios durante o Programa de (Re)Elaboração dos Referenciais Curriculares
Dos 417 municípios baianos, 414 elaboraram seus currículos de ensino alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um marco significativo para a educação do estado. Esse avanço é resultado do esforço coletivo entre a União dos Dirigentes Municipais de Educação da Bahia (Undime) Seccional Bahia, do Itaú Social, das secretarias municipais de educação e os conselhos municipais de educação de todo o estado, que se uniram para garantir que as diretrizes nacionais fossem implementadas de forma eficaz e adaptada às necessidades locais.
A BNCC, que define as aprendizagens essenciais para estudantes de todas as etapas da educação básica, foi implementada com o objetivo de padronizar a qualidade do ensino em todo o Brasil. No entanto, cada município tem a liberdade de adaptar seus currículos conforme as realidades locais, respeitando as especificidades culturais, sociais e econômicas de suas comunidades.
A importância da BNCC e o papel das entidades educacionais
A Base Nacional Comum Curricular foi sancionada em 2017 e passou a ser um dos principais pilares da educação brasileira. Ela estabelece o que os alunos devem aprender em cada etapa de sua formação, da educação infantil ao ensino médio. Com isso, busca-se uma formação mais equitativa, que garanta as mesmas oportunidades de aprendizado em todo o país.
A adesão da grande maioria dos municípios baianos à BNCC é um reflexo de um trabalho colaborativo e comprometido entre diversas esferas da educação. A Undime, por exemplo, tem atuado como uma ponte entre os gestores municipais e o Ministério da Educação, promovendo capacitações, encontros e a troca de experiências para garantir que as adaptações e atualizações curriculares atendam às necessidades das escolas.
As secretarias municipais de educação desempenham um papel fundamental no processo, auxiliando na implementação das orientações e garantindo que as escolas disponham dos recursos necessários para adaptar suas práticas pedagógicas. Já os conselhos municipais de educação, com seu caráter de controle social e acompanhamento das políticas públicas, asseguram que a elaboração dos currículos respeite os princípios da BNCC, ao mesmo tempo em que dialoga com as realidades locais.
Desafios e conquistas no processo de alinhamento curricular
Embora o cenário seja otimista, o processo de elaboração e implementação dos currículos alinhados à BNCC não foi isento de desafios. A falta de recursos, a escassez de profissionais qualificados e as diferenças regionais em termos de infraestrutura escolar são alguns dos obstáculos enfrentados pelos municípios, especialmente os de menor porte.
Por outro lado, a parceria entre as diferentes entidades educacionais tem sido essencial para superar essas barreiras. O apoio técnico da Undime, a mobilização das secretarias e a vigilância dos conselhos têm garantido que, mesmo os municípios mais distantes, possam avançar na construção de currículos que atendam às expectativas da BNCC e, ao mesmo tempo, respeitem as peculiaridades de cada localidade.
A realização de capacitações contínuas para professores e gestores e o incentivo ao uso de tecnologias educacionais têm sido estratégias adotadas para suprir as lacunas e ampliar o impacto da BNCC nas escolas. Além disso, o diálogo constante entre os municípios e o Governo do Estado tem permitido que novas demandas sejam identificadas e que soluções inovadoras sejam implementadas de forma integrada.
Um futuro promissor para a educação baiana
Com quase 99% dos municípios baianos alinhados à BNCC, o estado da Bahia dá um importante passo em direção a uma educação mais inclusiva, equitativa e de qualidade. A expectativa é de que, com o fortalecimento das políticas públicas educacionais e a continuidade do esforço conjunto entre gestores, educadores e comunidades, a Bahia se consolide como referência nacional na aplicação da BNCC, transformando o cenário educacional e, consequentemente, o futuro das próximas gerações de baianos.
Em um contexto desafiador, onde as desigualdades educacionais ainda são um obstáculo, a união de esforços entre os diversos atores da educação na Bahia é uma demonstração de que é possível avançar, mesmo em tempos difíceis, na busca por uma educação pública de excelência.
A jornada, claro, não está concluída, mas com a continuidade da colaboração entre a Undime, as secretarias e os conselhos municipais de educação, o estado caminha firme para uma educação mais justa e alinhada com as necessidades do século XXI.

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