Seminário da Undime Bahia encerra com painel inspirador sobre práticas inclusivas nos municípios baianos
O Seminário Estadual da Undime Bahia chegou ao seu final com uma mesa que destacou a importância da educação inclusiva nas escolas públicas da Bahia. O painel 5, intitulado “Boas práticas que transformam: Experiências inclusivas nos municípios baianos”, trouxe exemplos reais e inspiradores de municípios que implementaram soluções inovadoras para a inclusão de alunos com deficiência, reafirmando o compromisso da educação pública com a igualdade de oportunidades para todos.
A mesa foi conduzida por Neumária Gomes, Diretora Municipal de Educação de Capim Grosso e Coordenadora da Undime no Território Bacia do Jacuípe.
Participação de expositores com contribuições valiosas
Entre os destaques do evento, os expositores Neemias Fraga, do Centro de Apoio Pedagógico Especializado da Bahia, que trouxe uma visão técnica e prática sobre os desafios e as soluções para garantir o atendimento especializado nas escolas. Além dele, Millena Nunes, expositora do município de Caculé, Paula Rauédys, expositora de Jiquiriçá, e Cláudia Lima, expositora de Irecê, também compartilharam suas experiências e práticas exitosas nas suas respectivas municípios e territórios.
Neemias Fraga, do Centro de Apoio Pedagógico Especializado, abordou questões cruciais sobre a formação dos educadores e o desenvolvimento de metodologias que atendam à diversidade dos alunos com deficiência. “É fundamental que os educadores sejam capacitados de forma contínua para lidar com as múltiplas necessidades dos alunos. A formação é o primeiro passo para garantir que a inclusão seja feita de maneira efetiva e respeitosa”, destacou Neemias durante sua fala.
Millena Nunes, expositora de Caculé, apresentou o trabalho realizado no município para promover a inclusão de estudantes com deficiência nas escolas locais. “Em Caculé, estamos implantando práticas pedagógicas mais inclusivas e adaptando o currículo para atender aos alunos com deficiência. O congresso é uma ótima oportunidade para aprendermos e trocarmos ideias com outros municípios e especialistas sobre como melhorar ainda mais as nossas práticas”, afirmou Millena.
Paula Rauédys, de Jiquiriçá, trouxe à tona os desafios específicos das escolas do interior do estado, onde as condições de infraestrutura e a falta de recursos são obstáculos para a inclusão plena. “A realidade das escolas rurais exige soluções criativas e adaptadas à nossa realidade. Estamos trabalhando para adaptar os espaços escolares e garantir que todos os alunos, independentemente de suas condições, tenham o direito de aprender”, explicou Paula.
Cláudia Lima, de Irecê, compartilhou sua experiência no desenvolvimento de programas de apoio psicológico e pedagógico para alunos com deficiência. “A educação inclusiva vai além da adaptação física das escolas. É necessário também um trabalho contínuo de acompanhamento psicológico e pedagógico para garantir que os alunos com deficiência se sintam acolhidos e possam desenvolver todo o seu potencial”, destacou Cláudia.

O papel da Undime na promulgação de políticas públicas para educação municipal
Neumária Gomes, como coordenadora da Undime no Território Bacia do Jacuípe, destacou o papel da organização na promoção de uma educação mais inclusiva e humanizada. Segundo ela, a Undime tem sido essencial para fortalecer o trabalho em rede entre os municípios baianos, oferecendo suporte e compartilhando boas práticas. “A troca de experiências é fundamental. Cada município tem desafios únicos, mas ao compartilharmos nossas vivências, conseguimos encontrar soluções adaptáveis a diferentes realidades”, afirmou Neumária.
Ela ainda reforçou que, ao focar na formação contínua dos educadores e na criação de um ambiente escolar mais inclusivo, a educação baiana pode servir de modelo para outros estados. “A inclusão vai muito além da adaptação física dos espaços. Ela envolve, acima de tudo, a construção de um pensamento coletivo de que todos têm o direito de aprender e de se desenvolver, independentemente das suas limitações”, concluiu.
A Importância da Parceria com a Comunidade
Os exemplos apresentados mostraram que, para implementar práticas inclusivas com sucesso, a colaboração com a comunidade é fundamental. Municípios que buscaram o apoio das famílias, envolveram os alunos no processo de adaptação das escolas e trabalharam em conjunto com instituições e especialistas, conseguiram promover mudanças significativas no atendimento às necessidades dos estudantes com deficiência.
O painel encerrou o congresso com uma mensagem de otimismo, reforçando a importância de se acreditar no potencial de todos os alunos e de que, com dedicação e inovação, a educação pode, de fato, ser transformadora.
A troca de experiências promovida no evento também ajudou a solidificar a rede de apoio entre gestores da educação, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de políticas públicas mais inclusivas e sustentáveis. O congresso da UNDIME Bahia 2025 se mostrou um marco na discussão sobre educação inclusiva, deixando um legado de boas práticas e um compromisso renovado com a construção de uma educação para todos.
