Mesa de Abertura representativa e casa cheia indica o compromisso da Bahia com a Educação Especial e Inclusiva
Na manhã desta segunda-feira (17), o Seminário Estadual de Educação Especial e Inclusiva da Undime Bahia foi oficialmente aberto, reunindo líderes e especialistas da educação para discutir os desafios e as perspectivas da inclusão educacional no estado. O evento, que ocorre nos dias 17 e 18 de novembro no Hotel Fiesta em Salvador, está sendo realizado com o objetivo de promover debates, disseminar boas práticas e fortalecer a educação inclusiva em toda a Bahia.
A mesa de abertura contou com a presença de diversas autoridades, destacando-se pelo amplo diálogo entre representantes do poder público, do Ministério Público, das universidades e das entidades de classe.
Anderson Passos dos Santos, Presidente da Undime Bahia, iniciou os trabalhos ressaltando a importância do seminário para a construção de um futuro mais inclusivo para a educação baiana. “A educação inclusiva é um direito fundamental de todas as crianças e adolescentes. Este seminário é um espaço fundamental para a troca de experiências e a busca de soluções que garantam que nenhum aluno seja deixado para trás”, afirmou.
O Professor Rui Oliveira, Coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), fez um apelo à valorização dos profissionais da educação, que são peça-chave na implementação de uma educação inclusiva de qualidade. “Os professores devem estar bem preparados e bem remunerados para atender às demandas de uma educação que é para todos, sem exceção”, pontuou Oliveira.
A Professora Drª. Gilvânia da Conceição Nascimento, Coordenadora da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME/BA), abordou a relevância da formação contínua dos profissionais da educação e da articulação entre os Conselhos Municipais de Educação. “A inclusão só será possível com um trabalho articulado e integrado entre todas as esferas da educação, com uma formação sólida dos profissionais e a adesão de todas as esferas governamentais”, ressaltou Nascimento.
Professor João Danilo Batista Oliveira, Coordenador do Fórum Estadual de Educação da Bahia (FEEBA), compartilhou reflexões sobre a necessidade de garantir a participação de todos os segmentos da sociedade na construção de políticas educacionais inclusivas. “A educação inclusiva não é uma tarefa isolada. Todos os atores sociais devem estar engajados para que se crie um ambiente educacional verdadeiramente inclusivo”, disse Oliveira.
Professor Roberto Gondim Pires, Presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE/BA), trouxe à tona a necessidade de fortalecer as políticas estaduais de educação inclusiva, apontando a importância da articulação entre os conselhos e os gestores públicos para a criação de um sistema educacional mais equitativo e acessível. “É imprescindível que as políticas de inclusão sejam implementadas de forma coerente em todos os níveis de ensino. O Conselho Estadual de Educação está comprometido em garantir que essas ações sejam cada vez mais efetivas”, destacou Gondim.
Rita Breda, representando a Reitora da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Amali de Angelis Mussi, destacou a importância da academia no desenvolvimento de pesquisas e práticas pedagógicas que promovam a inclusão efetiva. “As universidades têm um papel central na formação de profissionais capacitados para trabalhar com a diversidade, e é nossa missão oferecer suporte técnico e acadêmico para a implementação da inclusão nas escolas”, afirmou Breda.
A presença do Dr. Adriano Marques, Coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação do Ministério Público (Ceduc/MP), foi essencial para reforçar o compromisso do Ministério Público na fiscalização e na defesa dos direitos educacionais, especialmente no que tange à inclusão escolar. “É nosso dever zelar para que todos os direitos dos estudantes com deficiência sejam respeitados. O Ministério Público está à disposição para atuar no que for necessário para garantir uma educação inclusiva e de qualidade”, afirmou Marques.
Antônio Marcos Araújo, o Prefeito Tone do município de Aratuípe, representando a União dos Prefeitos Baianos (UPB), também se fez presente, destacando a responsabilidade dos gestores municipais na implementação de políticas públicas que assegurem a acessibilidade e a inclusão nas escolas. “Os prefeitos têm um papel vital em garantir que a educação chegue a todos, sem distinção. Devemos trabalhar juntos para que a educação inclusiva seja uma realidade em todos os municípios da Bahia”, afirmou Araújo.
Márcio Gomes, Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, trouxe uma perspectiva inovadora para a mesa de abertura. Gomes destacou o papel da tecnologia como ferramenta essencial para a promoção da educação inclusiva. “A inovação é uma aliada importante para que a inclusão seja real. Tecnologias assistivas e soluções digitais têm o potencial de transformar a experiência educacional de estudantes com deficiência, oferecendo novos caminhos para o aprendizado e a acessibilidade”, afirmou o secretário.
Rowenna Brito, Secretária de Educação da Bahia, iniciou sua fala ressaltando o compromisso do governo estadual em promover uma educação que acolha a diversidade. “A educação inclusiva é uma prioridade para o governo da Bahia. Acreditamos que a escola deve ser um espaço de acolhimento e oportunidades para todos os alunos, independentemente de suas condições”, afirmou Rowenna. Ela destacou, ainda, a importância de ações integradas entre as diferentes secretarias para garantir o acesso de estudantes com deficiência a recursos e serviços educacionais que atendam às suas necessidades específicas.
O Seminário segue com uma intensa programação de palestras, oficinas e mesas-redondas, onde serão discutidas as boas práticas e estratégias de implementação de políticas públicas inclusivas. O evento tem como objetivo não apenas sensibilizar os educadores e gestores sobre a importância da inclusão, mas também buscar soluções práticas que possam ser aplicadas nas escolas de todo o estado.
A expectativa é que, ao final, o Seminário contribua para o fortalecimento da rede de apoio e a construção de um modelo educacional mais inclusivo, acessível e justo para todos os estudantes da Bahia.
