Undime participa de seminário sobre monitoramento e avaliação de Políticas de Educação Básica
A Undime participou, nos dias 20 e 21 de agosto, do I Seminário de Monitoramento e Avaliação de Políticas de Educação Básica, realizado pela Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), por meio da Coordenação-Geral de Monitoramento e Avaliação, da Diretoria de Monitoramento, Avaliação e Manutenção da Educação Básica.
A instituição foi representada, na mesa de abertura, pela presidente da seccional Paraná e Dirigente Municipal de Educação de Cascavel/PR, Marcia Baldini, que é integrante do Comitê Estratégico Nacional do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (Cenac). A coordenadora institucional da Undime, Maria Edineide de Almeida Batista, também participou do evento.
O Seminário aconteceu em Brasília, no Centro de Formação e Desenvolvimento dos Trabalhadores em Educação do Ministério da Educação (Cetremec), e teve por objetivo contribuir para a formação de gestores e equipes técnicas da SEB/MEC, de equipes técnicas estaduais e dos articuladores da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa), no âmbito do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada a partir de uma abordagem que combinou aspectos conceituais com atividades práticas.
Na abertura, a secretária da SEB, Kátia Schweickardt, destacou a importância do monitoramento e da avaliação das políticas educacionais, levando em consideração a diversidade e a desigualdade brasileira. “Não é possível conduzir nenhuma política importante e relevante que envolve recurso público, que envolve uma resposta para a sociedade, se a gente não souber para onde nós queremos ir e se não aprendermos com os erros”, apontou.
Kátia afirmou que esse acompanhamento é fundamental para avaliar e pactuar metas que não podem ser impostas, mas têm que ser construídas em conjunto com professores, gestores, alunos, família e sociedade. “As avaliações e os monitoramentos são ferramentas construídas por nós. Elas têm que ser assumidas, para que a gente possa entregar os resultados. Esses resultados são a garantia de direitos, é isso que a sociedade brasileira espera. Esses números, métricas, os gráficos, precisam traduzir direitos. Não tem nenhuma política pública que seja mais emancipadora e garantidora de direitos do que a educação, especialmente a educação básica”, considerou.
A presidente da Undime/PR, Márcia Baldini, concordou com a secretária, afirmando que é preciso tratar os dados de forma humanizada, clara e específica. “Monitoramento não é cobrança, é acompanhar os resultados, a evolução ou não, e buscar encaminhamentos conjuntos”, completou. Por outro lado, Marcia afirmou que ao analisar a programação do seminário, sentiu uma atenção por parte do MEC em relação à formação de professores, diretores e coordenadores pedagógicos, porém sentiu falta, de uma formação para dirigentes municipais de educação em relação à política de alfabetização e como lidar com esses dados. “O protagonismo do município é muito importante. Se nós tivermos os resultados desses dados e não soubermos trabalhar de forma humanizada, de nada adianta”.
O secretário substituto de Gestão da Informação, Inovação e Avaliação de Políticas Educacionais do MEC, Marcus Vinicius Braga, também presente na mesa de abertura, reforçou que a avaliação e o monitoramento de políticas “não é para destruir o programa, nem apenas para cortar custos, a avaliação é um diagnóstico que vai subsidiar o gestor nos caminhos que ele deve tomar”. Ele observou que países desenvolvidos, com bons índices educacionais, possuem uma agenda de monitoramento e avaliação de seus programas.
Na visão do diretor de Monitoramento, Avaliação e Manutenção da Educação Básica, Valdoir Pedro Wathier, o diálogo com estados e municípios é fundamental para conhecer de perto a realidade local e poder tomar as ações necessárias para melhoria da educação. “A gente sabe que não se faz educação básica no Brasil sem a participação, especialmente, dos municípios, mas também das secretarias estaduais de educação. A gente, do governo federal, não tem condições de saber exatamente o que está acontecendo e, muitas vezes, sofre com a falta de uma informação completa”, analisou.
Na programação, além de mesas que debateram modelos de avaliação; avaliação de impacto e de resultados; e avaliação inclusiva, foram realizadas oficinas sobre manipulação de base de dados educacionais, uso de indicadores, elaboração de instrumentos de coleta de dados e análises interseccionais com foco na promoção da equidade, entre outros assuntos.
O evento contou com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do MEC. Confira abaixo a íntegra dos vídeos:
Dia 20 de agosto:
Dia 21 de agosto:
Fonte: Undime com informações do MEC