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Brasil

Censo Escolar da Educação Básica e desafios da juventude nos anos finais finalizam debates técnicos no Fórum Undime Nordeste

Os instrumentos de coleta na primeira e segunda etapa do Censo Escolar, que são os responsáveis de como acontece a pesquisa em rede e as características da matrícula nas escolas brasileiras. O Fórum Regional Undime Nordeste trouxe respostas para as dúvidas em relação ao Censo Escolar brasileiro, coordenado pelo Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em debate protagonizado por Fabio Bravin, coordenador-geral de Controle de Qualidade e de Tratamento de Informações do Inep e por Isabel Cristina Silva Chagas, chefe da Assessoria de Governança e Gestão Estratégica do Inep mediado pela DME de Rio do Fogo/RN, presidente da Undime Rio Grande do Norte, Joária Vieira.

De forma técnica, Fabio Bravin trouxe para o evento os números do Censo, ao envolver 557 municípios, 27 estados, 178 mil escolas públicas e privadas, mais de 47 milhões de alunos, 161,8 mil diretores e 2,4 milhões de professores. Todos esses números, segundo ele, são resultados de um vasto processo sistemático de planejamento, prática e pesquisa em rede. 

A DME de Rio do Fogo /RN, presidente da Undime Rio Grande do Norte, Joária Vieira, mostrou o quanto é importante informar e preencher todos os instrumentos do Censo de forma fidedigna. “A discussão serviu como um alerta para a política pública em si, justamente, para que os municípios recebam seus recursos, entre outras atividades. Serviu também de alerta para que as informações realmente estejam condizentes com a verdade”, avaliou.

A oferta dos anos finais e os desafios da juventude

O foco da última palestra do Fórum trouxe à tona uma visão humana da transição entre a fase infantil para a adolescência e como os educadores devem dialogar com as transformações físicas, emocionais no ensino/aprendizagem dos anos finais. As questões que ilustram o abandono escolar, as diferenças raciais, as questões sociais também foram tratadas na perspectiva de que há interferências na discussão da política educacional para a juventude.

A mesa foi composta pela coordenadora-geral de Ensino Fundamental do MEC, Tereza Santos Farias, pela gerente de Implementação no Itaú Social, Claudia Sintoni e mediada pela Dirigente Municipal de Educação de Igarassu e presidente da Undime Pernambuco, Andreika Asseker Amarante.

A coordenadora Tereza Farias trouxe as estratégias do MEC, a exemplo do programa “Escola da Adolescência” para que seja ofertado uma educação mais ampla e diversa entre os sextos e nonos anos do ensino fundamental, já que há pesquisa cujos resultados apontam um aumento de reprovação e abandono quando comparado aos anos iniciais. “Escutamos os adolescentes, ouvimos seus desejos e trouxemos a trajetória que eles gostariam de ter no ensino em sala de aula”, disse. 

A gerente de Implementação no Itaú Social, Claudia Sintoni destacou estar contemplada ao saber que o MEC aponta para uma política voltada para a juventude, a qual concedeu voz e vez aos adolescentes antes de construí-la. “Existe uma política em curso e houve escuta. Temos que ter estratégias nos anos de transição para os alunos e que os professores conversem entre si sobre o assunto, inclusive observando os gaps de aprendizado”, destacou.

Ao final dos debates, a Dirigente Municipal de Educação de Igarassu e presidente da Undime Pernambuco, Andreika Asseker Amarante, lembrou da política em curso para a oferta do ensino integral e visualizou possíveis debates na construção dessa política inserindo pesquisas que envolvam carga-horária dos alunos em sala de aula, melhoria da infraestrutura e construção de ambientes que motivem a permanência na escola. 

Os adolescentes não conseguem ficar em sala de aula por mais de sete horas por dia. Precisamos do apoio do MEC, precisamos de educação com qualidade social, precisamos unirmos forças para que tenhamos um ensino integral que espelhe os anseios da juventude”, argumentou.

Pronunciamento final

Ao final da mesa redonda, o Dirigente Municipal de Ibaretama/CE e presidente nacional da Undime, Alessio Costa, agradeceu a todos que se dirijam a Sergipe, lembrou do projeto social “Arte na Escola, de Nossa Senhora do Socorro/SE e que abrilhantou o evento unindo Educação e Arte. Ele direcionou a fala ao prefeito da cidade sergipana, Padre Inaldo, e disse que os gestores e educadores presentes saem do Fórum mais inspirados a fazer o mesmo ou até melhor na condução de projetos como o Arte na Escola”. 

O presidente nacional da Undime, Alessio Costa Lima, Dirigente Municipal de Educação de Ibaretama/ CE, falou da experiência positiva em realizar Fóruns Regionais, focados nas realidades de cada local, ao começar pelo Nordeste. “Reconhecer a importância do Nordeste é compreender a sua imensa diversidade e valor que tem para o país”. Agradeço o esforço coletivo dos Dirigentes Municipais de Educação da região em comparecer ao evento e fortalecer os debates. Todos sairam mais empoderados para voltarem aos seus municípios e desempenharem seus papéis de gestão, em busca da melhor educação para suas crianças, adolescentes, jovens e adultos.”, comentou.

O presidente  ainda lembrou que os municípios ao elegerem a educação como prioridade terão o reconhecimento populacional. Alessio agradeceu a todos os secretários, equipes de trabalho e confirmou que o primeiro Fórum Regional da Undime realizado no Nordeste, só ultima o compromisso com uma educação de qualidade. 

“Agradeço a todos os colegas que mobilizaram, conseguiram trazer essas delegações, recorde de inscrições, aos expositores. Conseguimos trazer 1000 gestores de todo o Nordeste, bem representados aqui. Em nome dos secretários sergipanos, agradeço a todos os secretários presentes”, finalizou.

Fonte: Undime

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