Fórum Undime Nordeste apresenta experiências exitosas dos estados de Sergipe e Piauí na oferta da alfabetização na idade certa
A política de alfabetização em regime de colaboração dos estados do Piauí e Sergipe abriu o ciclo de debates da tarde desta terça-feira, 12 de março, no Fórum Regional Nordeste, em Aracaju/SE. Mediada pela presidente da Undime Sergipe, Região Nordeste, DME de Nossa Senhora do Socorro/SE, Josevanda Franco, e pela Dirigente Municipal de Educação de Francinópolis/PI e presidente da Undime Piauí, Eliane Morais, os dois estados mostraram os desafios e avanços na implementação de políticas públicas de alfabetização na idade certa e o regime de colaboração entre estados e municípios na consolidação dessas estratégias.
A coordenadora de Fortalecimento da Aprendizagem do Programa Piauiense de Alfabetização na Idade Certa da Secretaria de Estado da Educação do Piauí, Lia Sousa, desenhou o programa desde a adesão dos 224 municípios até a ampliação dos dados positivos com as estratégias já implementadas. “A política de alfabetização trabalha por eixo. O Programa Piauiense disponibiliza o Prêmio Alfa 1, interligado com os resultados das avaliações internas; trabalha com o material didático complementar para o 1° e 2° anos e orientações pedagógicas para a educação infantil, além da avaliação de fluência para o 2 ano, bolsas de extensão tecnológica, formação de professores e gestores escolares e municipais”, pontuou.
A mediação da mesa ficou por conta da Dirigente Municipal de Educação de Nossa Senhora do Socorro/SE, presidente da Undime Região Nordeste e Undime/SE, Josevanda Franco. “A colaboração é para além de ser uma atribuição legal, é um compromisso moral que os estados mantêm com os municípios observando que os municípios é a parte menor da distribuição das receitas educacionais. Então para todos nós que fazemos educação nos municípios, é de suma importância esse suporte do estado na garantia de políticas públicas educacionais regidas pelo regime de colaboração eficiente, eficaz e com efetividade”, disse.
Já a Dirigente Municipal de Educação de Francinópolis/PI e presidente da Undime Piauí, Eliane Morais, destacou que o regime de colaboração entre estados e municípios ainda é um desafio, porém ressaltou a importância do programa de alfabetização para a mudança de realidade no Piauí. “Toda política pública tem seus desafios que aumentam a cada ano e principalmente depois de termos passado por uma pandemia como a de covid-19. Mas sabemos que a longo prazo nós vamos colher muito os frutos do regime de colaboração e cooperação entre o estado e os municípios”, afirma.
O secretário de Estado da Educação e Cultura de Sergipe, Zezinho Sobral, destacou os programas sergipanos Acolher, que regimenta psicólogos e assistentes sociais no ambiente escolar; o Cuidar-SE na mobilização de estratégias de dignidade menstrual e educação em saúde, e o Programa Alfabetizar pra Valer, com o objetivo de universalizar a alfabetização para mais de 43 mil alunos participantes dos 79 municípios sergipanos. “Trabalhamos efetivamente com o regime de colaboração como forma de participação de todos. São responsabilidades compartilhadas. Não se pode chegar ao ensino médio sem passar pelo fundamental”, disse.
A dirigente da Undime/ SE e DME de Nossa Senhora do Socorro, Josevanda Franco, finalizou a mesa chamando atenção para as demandas de crianças e adolescentes com políticas educacionais diferenciadas. “Não adianta somente termos leis, nós precisamos gostar do que fazemos. Precisamos ter um olhar que todas as crianças são especiais”, finalizou.
Fonte: Undime