Desafios e oportunidades um recorte da educação e condições físicas de escolas na Bahia
Em um encontro realizado em Salvador, na capital baiana, nesta terça-feira (04), representantes da União dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), Ministério Público e Undime discutiram questões fundamentais sobre as condições das escolas públicas nos municípios da Bahia. O evento, promovido pela Web TVM Bahia, reuniu educadores, gestores públicos e autoridades para compartilhar e avaliar os resultados de uma pesquisa crucial sobre a infraestrutura escolar no estado.
A professora Alda Pepe, representante da União dos Conselhos Municipais de Educação, destacou que o encontro tinha como objetivo avaliar as condições físicas das escolas, bem como o ambiente pedagógico que elas oferecem aos alunos e professores. Segundo Alda, as escolas estão localizadas nos municípios, e é a partir dessa base que se desenvolvem as discussões e ações sobre a qualidade do ensino. “A escola está no município. Não importa onde a escola seja, ela sempre estará em um município. E, portanto, a qualidade da educação depende diretamente das condições que essas escolas oferecem”, afirmou.
Durante a agenda, foi apresentada a Diretoria da Undime, uma pesquisa realizada pelo Ministério Público e pelos Conselhos de Educação, que envolveu a avaliação das condições físicas das escolas municipais, incluindo aspectos como infraestrutura, ventilação, iluminação, e mobiliário. O estudo também verificou as condições essenciais para um ambiente de aprendizagem adequado, como o conforto do ambiente físico e a oferta de recursos básicos para o ensino.
A pesquisa revelou um quadro preocupante, com muitas escolas ainda enfrentando sérios desafios. “Foi triste ver o resultado da pesquisa, pois o quadro não é alentador. Muitas escolas ainda não possuem as condições mínimas necessárias para garantir um ambiente de ensino adequado”, comentou Alda. Ela destacou, no entanto, que ainda há tempo para melhorias antes do início do próximo ano letivo. “Ainda temos tempo para corrigir as rotas e oferecer condições dignas para nossos professores e estudantes”, afirmou, enfatizando que é fundamental agir com urgência.
A professora Alda também abordou a relevância do ambiente físico para o desempenho pedagógico. Segundo ela, o ambiente escolar não é apenas o espaço onde os alunos aprendem, mas também um elemento essencial no processo de ensino-aprendizagem. “O ambiente físico tem um papel pedagógico. Ele precisa ser acolhedor, confortável e propício para a aprendizagem. As diretrizes curriculares nacionais preveem que a escola seja um espaço de bem-estar, onde os alunos se sintam seguros e estimulados”, explicou.
A falta de condições mínimas nas escolas não apenas prejudica o aprendizado, mas também afeta o bem-estar dos professores, que desempenham um papel crucial na formação dos alunos. “Precisamos cuidar das escolas como cuidamos de nossas casas. Elas devem ser lugares que acolhem, ensinam e protegem nossos filhos e profissionais da educação”, afirmou Alda.
