Premiação reconhece boas práticas de professores da Educação Infantil durante a pandemia
Drielly Santos, do município de Ariquemes (RO), é uma entre as 100 diferentes histórias espalhadas Brasil afora e premiadas nesta quarta-feira, 31 de março, pela sua prática docente durante a pandemia.
A rondoniense utilizou a história dos três porquinhos, adaptada ao contexto de Covid-19, para explicar para as crianças a pandemia: no conto, o lobo mau era o coronavírus e ele não conseguia derrubar a casa dos porquinhos.
“Mandei a história para as crianças e pedi que elas gravassem vídeos mostrando suas casas e vivências. A partir disso, as crianças puderam ter uma convivência virtual e puderam perceber que a realidade de cada um é diferente da do outro”, explica Santos.
Essa é uma das práticas de professores da educação infantil que tiveram a importância do trabalho reconhecido e valorizado pelo Prêmio Educação Infantil: Boas Práticas de Professores Durante a Pandemia, uma inciativa da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e o Itaú Social.
A premiação revelou, nesta quarta-feira (31) e de forma online, os 100 vencedores do prêmio, ganhadores de R$ 1.000 (mil reais) cada um. A justificativa do prêmio é o fechamento forçado, desde 2020, das unidades escolares, medida que desafiou pais/cuidadores e professores a se reorganizarem e assumirem o desafio de coordenar a aprendizagem das crianças de uma maneira até então impensada: à distância.
“Nosso objetivo foi trazer luz a iniciativas inspiradoras e que fizeram a diferença para as crianças e as famílias nessa pandemia. É importante que a sociedade saiba o significado e a relevância da Educação Infantil por meio das histórias e práticas dos professores, crianças e famílias”, justifica Mariana Luz, CEO Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.
No total, mais de 700 práticas de todo Brasil foram inscritas e 100 iniciativas sagraram-se vencedoras, contemplando 15 estados e o Distrito Federal. As regiões Sul e Sudeste foram as com maior número de inscrição e concentraram boa parte das práticas premiadas, sendo 51% e 30%, respectivamente.
O Estado de São Paulo teve o maior número de vencedores, 34, seguido por Santa Catarina (13), Rio Grande do Sul (12) e Minas Gerais (11). Rio de Janeiro (06), Paraná (5), Amazonas (04), Ceará (03), Pernambuco (03), Paraíba (02), Goiás (02), Piauí (01), Distrito Federal (01), Rio Grande do Norte (01), Tocantins (01) e Rondónia (01) completam a lista de vencedores.
Jocilene Barbosa, de Campina Grande (PB), utilizou fotografias para trabalhar a identidade, a socialização e o desenvolvimento da oralidade dos seus alunos. “O projeto tinha como foco mediar as vivências familiares e o cotidiano escolar. Também trabalhamos com a ludicidade, fazendo com que as próprias crianças tirassem fotos de seu cotidiano”, explica a professora.
Com uso de recursos do WhatsApp, os próprios brinquedos das crianças, panelas e sucatas, as iniciativas trabalharam aspectos como acessibilidade e inclusão, vínculos parentais, interações, brincadeiras, literatura, direito das crianças e meio ambiente.
“Isso mostra a importância da escola, da formação e dos professores, que, mesmo neste período terrível por qual passamos, encontram caminhos para promover o desenvolvimento das crianças”, defende Beatriz Abuchaim, gerente de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.
Cada premiado receberá, além do valor monetário, um curso de 40 horas online com atividades síncronas e assíncronas sobre a BNCC e a Educação Infantil. O curso será promovido pelo Instituto Singularidades, parceiro técnico da iniciativa – outro parceiro é a ponteAponte.
Confira os vencedores do Prêmio Educação Infantil
Fonte: Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
Foto: Reprodução Zoom