Quase 2 milhões de estudantes correm o risco de não voltar às aulas
O Nacional Jovem desta quinta-feira (30) fala sobre o risco que quase 2 milhões de crianças e adolescentes correm de não voltar às aulas em 2020 e sobre o programa Busca Ativa Escolar, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Sobre este assunto, Ediléia Martins conversou com o oficial de Educação do UNICEF, Ângelo Damas.
Neste começo do ano, o UNICEF faz um apelo para que todos os municípios realizem a Busca Ativa Escolar: ou seja, unam as equipes da administração pública e da sociedade civil para ir de casa em casa encontrar e levar para a escola todos os estudantes que estão fora dela. A boa notícia é que mais de 3 mil municípios brasileiros já estão engajados nesse esforço.
Segundo ele, “essas crianças e adolescentes nunca frequentaram a escola ou abandonaram ao longo de sua vida escolar. Portanto, nesse período de volta às aulas a gente está alertando tanto governos municipais como governos estaduais sobre esse 1.9 milhões de crianças que estão fora da escola. Que se deve, principalmente, a reprovação e ao abandono escolar”, opina Ângelo, ao comentar também sobre o programa Busca Ativa Escolar, que é nada mais nada menos, do que uma plataforma digital com estratégias para que municípios consigam ir atrás dessas crianças.
Para ele, a escola é fator de proteção à criança. “Ela está protegida da violência, das drogas, de diversas situações que impactam o dia a dia dessa criança. Existe uma premissa do UNICEF que é fora não pode. Nenhuma criança ou adolescente pode estar fora da escola”, acredita o oficial de Educação.
Quais os perfis mais afetados? Na avaliação do UNICEF, são aquelas crianças e adolescentes mais vulneráveis. A renda é um fator primordial na análise disso.
Fonte: Agência Brasil/ Foto: Bruna Monteiro, Unicef